Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças

A história é surreal e trata de um casal que viveu em um relacionamento conturbado durante anos. Após o término do relacionamento, Clementine (Kate Winslet) toma a decisão de esquecer Joel (Jim Carrey) e se submete a um tratamento experimental que elimina parte de sua memória contendo todas as lembranças de que ele fez parte. Quando Joel descobre, acaba ficando magoado e tenta se submeter ao mesmo tratamento para retirar a amada de sua memória.

Bom, eu acho que esse filme deve ser assistido mais de uma vez. Primeiro porque a história é confusa e cheia de entrelinhas e segundo porque se você não estiver na energia do filme, vai achar chato.

A primeira vez que eu assisti foi no cinema e acabei achando “fora da realidade” e não caiu no meu agrado, mas depois que assisti pela segunda vez compreendi o conceito e comecei a amar. Depois disso, já desfrutei mais algumas vezes do filme e cada vez que eu assisto descubro um novo significado/explicação para determinado momento do filme. Se você não estiver com vontade de pensar, não assista.

A atuação do Jim Carrey em filmes dramáticos sempre me deixa um pouco confusa porque estamos acostumados com sua faceta mais engraçadinha, mas Kate Winslet conduziu bem o elenco principal. Não se deixe levar pela leveza do trailer, não estamos tratando de uma comédia.

Se você já quis muito esquecer alguma coisa ou pessoa que te marcou de forma negativa, vai entender bem a mensagem que o roteirista/diretor quis passar na película. Indico, mas prepare-se para um pouco de piração. 4 estrelas.

Generalidades: O filme é classificado como comédia dramática/ficção científica e foi rodado em 2004 sob a direção de Michel Gondry. O elenco é comandado por Jim Carrey e Kate Winslet, mas tem a participação de grandes estrelas como Kirsten Dunst, Mark Ruffalo, Elijah Wood e Tom Wilkinson. Brilho eterno foi bem cotado nas premiações de 2005, sendo indicado ao Oscar nas categorias Melhor Atriz (Kate Winslet) e Melhor Roteiro Original, vencendo nesta última. Foi indicado também em diversas estatuetas do Globo de Ouro e BAFTA, neste último, levando nas categorias melhor edição e melhor roteiro original.

Curiosidades

• O título do filme foi retirado do poema “Eloisa to Abelard”, de autoria de Alexander Pope. O mesmo poema já havia sido usado pelo roteirista Cherlie Kaufman em Quero se John Malkovich (1999).
• O ator Nicolas Cage foi cotado para estrelar o filme.

Trailer